sexta-feira, 18 de maio de 2012

A GUERRA PELO PODER


No texto passado falei um pouco sobre a necessidade de dedicação para se trabalhar com música. Fiquei lendo e pensando sobre o que havia escrito e achei por bem continuar o assunto. Na época em que assumi a “presidência virtual” de um bloco carnavalesco foi uma alegria enorme, pois tínhamos eu e minha equipe, bem definidos nossos objetivos. Mas não era bem assim que o “bloco tocava”. Havia forças enormes remando contra e isso foi o maior entrave que encontrei para realizar nosso carnaval. No fim das contas havia um enorme rombo e não tínhamos dinheiro para cobrir. A situação ficou bem complicada. O problema era que os que remavam contra sabiam dos problemas que poderiam acontecer e não se manifestaram, faltava muita ética, o bloco nunca foi brincadeira pra mim, o assunto era sério.

Primeiro para se tirar os objetivos do papel, os que remavam contra sempre arranjavam barreiras isso ajudava a baixar o alto-estima dos demais e trabalhar desse jeito foi muito complicado. Além de presidente virtual (depois explico por que virtual) eu era responsável em “puxar” a bateria e isso sempre foi uma alegria. A bateria do bloco sempre foi a menina dos olhos dos carnavais de Santa Cruz, mas do jeito que as coisas iam, tava difícil motivar a turma pois quando se olhava ao redor havia um clima pesado. Mesmo assim fizemos um bonito carnaval, um bom samba enredo, bateria cadenciada, carros e alegria na avenida. E foi só, na prestação de contas fui ver o tamanho da furada que entrei.

Por isso é muito importante conhecer bem as pessoas que trabalham com você em qualquer projeto. O projeto do bloco era e é simples, só precisa de um pouco de trabalho de uma equipe, entenda bem “EQUIPE”, sozinho não se coloca o bloco na rua. E isso faltou. Fizemos um evento dois meses após o carnaval para angariar recursos. Conseguimos varias contribuições, porem mais uma vez a falta de responsabilidade de algumas pessoas puxou a motivação para baixo outra vez. Resultado, bom evento e os recursos não foram suficientes para sanar as dívidas do bloco. Isso foi o estopim para que eu me afastasse do Rival. A decisão foi difícil, não queria decepcionar as pessoas que me apoiaram, mas a arrogância de poucos causou frustração de muitos.

Depois disso fiz mais dois carnavais em outro bloco como responsável pela bateria. A situação não era diferente. A falta de empenho e os interesses pessoais mais uma vez falaram mais alto e o resultado foi um carnaval pobre de tudo. A briga está bem acirrada pelo controle do bloco e eu cada vez mais distante dessa confusão toda, não dá pra ficar nessa guerra quando o que se quer é uma atitude de parceria e entendimento com comunidade, fornecedores, prefeitura e espectadores, assim fica complicado. Pra resumir, acho que novamente no carnaval, irei para a bucólica praia de Iriri (ES) e apreciar outros blocos que, aparentemente tem menos problemas que os daqui. Inté. 

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