segunda-feira, 24 de outubro de 2011

MIDIA 1 X 0 POVÃO

Acabei de ler na internet que a cantora pop/brega Paula Fernandes superou a marca de 1 milhão de copias vendidas, 1.250.000 cópias. A comparação é de deixar qualquer um de boca aberta por que quem mais se aproximou em vendagem foi outro pré-fabricado: Luan Santana com 344 mil cópias. Verdadeiramente mais uma prova que a música virou um grande negócio de gravadoras, produtores, estúdios, e afins no Brasil. Só para se ter uma idéia da comparação, a baiana Ivete Sangalo ficou em 5º lugar na lista com seu cd gravado nos “states” com 244 mil copias. O que mais me impressiona é que o número foi alcançado em 10 ou 11 meses, após a mineira aparecer meio de gaiato no show do Roberto Carlos em Copacabana. Me desculpem, mas Rei, você tem culta nessa historia.
Hoje o grande domínio das rádios e programas de auditórios é o grande comércio da música no Brasil, música virou, na maior parte dos que se destacam, comercial. Acabou de vez a preocupação com a poesia e com os grandes e inesquecíveis arranjos. Quem aí não vai lembrar-se de algum sucesso inesquecível na voz de Roberto, músicas escritas e gravadas há mais de 20, 30 anos e fazem muito sucesso até hoje. Pois é, isso acabou, daqui há 1 ano, dificilmente alguém vai lembrar de cantor meteoro Lua Santana, da Paula Fernandes, João Bosco e Vinícius, Restart, Nx Zero e tantos outros que estão, literalmente de passagem por falta de verdadeiramente boas músicas. Valha-me Roupa Nova.
Tá bom, antes que me xinguem, alguns desses citados são “bonzinhos” mas não emplacam, tocam nas rádios por que as gravadoras despejam dinheiro e por serem, neste momento rentáveis. Com tudo isso as programações “radianas” empurram esses cantores dia e noite nos ouvintes. Assim fica fácil, até este singelo músico que vos escreve faria sucesso com essa receita. Piadas à parte, Rei, você deveria conversar com sua pupila ou então dar umas boas músicas pra ela interpretar, assim não seríamos obrigados a ficar naquele “mela cueca” sem graça e que repito, de tanto as rádios hipnotizarem os ouvintes, faz tanto sucesso.
Sinceramente esse modelo de divulgação é muito falho com os verdadeiros artistas que temos no Brasil. Por não serem indicados, por não serem bonitos, por não terem padrinhos vivem nos bares ganhando a janta ou o lanche da noite em troca de suas habilidades. Muito pouco para um país tão rico na cultura. Já tô com saudades do Calypso... por falar nisso, cadê a Joelma e o Chimbinha? Ah esqueci, mais um cometa musical, não serve mais para a gravadora vão parar na geladeira. Assim o grande e famigerado mercado continua a criar seus monstros e ganhando muito dinheiro em cima das criações e criaturas.
Saudades de quando tínhamos grandes nomes: Cazuza, Gonzaguinha, Erasmo, Tonico e Tinoco, João Bosco, Elis Regina... Chega, serei injusto por não citar todos. Inté.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

SÓ BOA VONTADE NÃO RESOLVE

É muito chato quando você se prepara para uma apresentação e, de repente, acontecem situações desagradáveis. Ontem durante um ensaio na igreja aonde toco, um garoto, trato assim por que é realmente muito novo, resolveu achar que meus longos anos de música forma à toa. Durante a execução de uma das músicas ele fazia uma voz estranha, reta e sem a menor afinação. Interrompi a música para dizer a ele que, admirava a vontade dele em tentar algo diferente, mas que, do jeito que estava fazendo, estava muito ruim e feio. As vezes é melhor ficar quieto. O garoto não gostou da minha ponderação e batemos, literalmente, boca. Não sou o dono da razão, só queria dizer a ele que seria muito importante que pudesse aprender a fazer a voz que ele queria em música só boa vontade não é suficiente.
Pois bem, tenho anos de estrada e já vi muita coisa, muitos músicos excepcionais, mas também já vi muita porcaria. A noite nos ensina a ser bem criterioso e, por mais que não seja tão profissional, aprendi a identificar o ‘trigo e o joio’. Já trabalhei com pessoas que não eram tão boas em tocar, mas se tem boa vontade em contribuir e não atrapalhar já é bem importante. Já tive vontade de parar de tocar e falar pro cara: amigo assim não dá pra tocar, pare por favor, mas fazer isso numa apresentação é feio, então melhor é esperar o momento certo para conversar com a pessoa e dar dicas, isso ajuda as duas partes.
Por isso, interrompi o ensaio para dizer a ele que seria importante ele entender o que estava fazendo e procurar corrigir, mas não aceitou e retrucou com muita arrogância, ficou um clima bem chato. Não larguei tudo e fui embora por que deixaria os demais integrantes do grupo bem chateados. Respirei fundo, lembrei de tudo que já passei e espero, em um momento mais propicio, sentar e falar para o garoto as coisas que ele precisa ouvir e ninguém até hoje falou pra ele. Não sei se vou conseguir mostrar que do jeito que ele faz é ruim e não está correto, mas me vejo em posição de multiplicador, música funciona assim, sempre alguém sabe mais e pode compartilhar, a humildade em primeiro lugar.
Já fizeram isso comigo e me ajudou bastante a entender que existem regras de boa convivência nos palcos, respeito aos demais músicos que estão calejados. Temos essa responsabilidade em divulgar a forma mais correta para que as pessoas não enfrentem as coisas que já enfrentei. Vou tentar e se ele mesmo assim não quiser entender, paciência, nem tudo é como planejamos. Inté.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

EM ALGUNS MOMENTOS É MELHOR DAR UM TEMPO

Outro dia enquanto arrumava umas caixas em minha casa encontrei um antigo álbum de fotos do Só Malícia, bons tempos. Fiquei olhando as fotos por quase duas horas e lembrando de tudo que passamos. Foi uma fase de muito aprendizado e também muitos problemas. Coisas pessoais, bebidas, brigas, egos. Mas foram bons tempos. Comecei no grupo em no fim 1994 e era bem estranho, eu tocava guitarra numa banda de axé e de repente me vi com um cavaquinho nas mãos. Lembro-me até hoje da frase do meu tio Zico: toma aqui, aprende e venha tocar com a gente. No começo achei bem estranho aquele instrumento pequeno e aparentemente frágil, mas comecei a estudar um pouco e logo fui me apaixonando por ele.
Logo começamos a tocar em bares, restaurantes, festas e a medida que os dias iam passando eu ia tomando a frente da parte musical, havia muita coisa pra acertar e muita responsabilidade para ser dividida. Ao lado do saudoso amigo Emídio, fomos trabalhando a parte musical do grupo coisa que, nem eu nem eles, conheciam direito, então nos restava assistir outros grupos e dar tiros no escuro. Acertamos muita coisa, erramos muitas também. Mas nada foi tão difícil de ser trabalhado como os egos. Sempre fui muito chato com certos assuntos, musicalmente não gosto de falhas. Até um certo ponto não havia, de uma forma geral, a ótica de que o grupo estava crescendo e deveríamos tomar novas atitudes ter novos comportamentos no palco. Nunca fui a favor de bebidas e cigarro no palco, isso sempre me incomoda, até hoje inclusive, ainda sofro com cigarro na Flor d’ Lottus.
Zico sempre foi meu desabafo, qualquer coisa que eu não achava legal, reclamava primeiro com ele. Muitas vezes me dava razão e outras vezes me pagava uma geral do tipo, ei você tá pegando pesado demais. Eu entendia que isso seria o melhor para o grupo, mas a coisa foi ficando mais e mais complicada. Até que em uma apresentação quase brigamos, falamos muitas besteiras e aquilo era o sinal que algo estava muito errado. Ele se desligou do grupo por longos meses, mas continuamos e não era a mesma coisa. Não dávamos o braço a torcer, e o mais prejudicado foi o próprio grupo, pois perdemos a sinergia que nos acompanhava há muito tempo. Lembro que durante as reuniões que fizemos após a briga, fui responsabilizado pelo declínio ao qual estávamos passando, e isso me incomodava, mas sempre durão, achava que estava certo e ponto final.
Após vários meses em uma reunião na casa da minha avó, pra minha surpresa, Zico pediu para voltar ao grupo e que aceitava me pedir desculpas pelas coisas chatas que aconteceram. Foi um dia de muita felicidade para todos, o Só Malícia estava de volta. Tocamos por mais dois anos e em um determinado momento resolvemos parar...
Era a hora mesmo. Tudo estava estranho, os integrantes, como eu mesmo, não tínhamos mais a gana de tocar, tudo parecia chato demais e os compromissos nos aborreciam. Enfim, decisão tomada, foi hora de dar um tempo. Passados quase dois anos, encontrei Zico e voltamos a cogitar um retorno e assim foi feito, nascia o Inovasamba. Tocamos por 3 anos. A pegada era totalmente diferente do Só Malícia, o tempo parado nos fez enxergar nossos erros e com o retorno, fizemos várias coisas diferentes. Não tocávamos mais em pequenos bares, pois não era rentável para um grupo com 6 integrantes. Fechamos bons contratos com prefeituras e isso nos garantiu tranqüilidade nas apresentações, era chegar com o instrumento e tocar, nada mais de carregar caixas pra lá e pra cá. Hoje temos apenas encontros casuais para tocar um samba sem compromisso e matar saudades das boas horas que estão vivas em nossas mentes, apesar de ter saudades, não cogitamos mais formar grupo, tá bom do jeito que estamos hoje...
*dedico este texto aos queridos: Emídio e Rubi. Descansem em paz!!!

sábado, 15 de outubro de 2011

CARNAVAL JÁ ESTÁ PRÓXIMO.

Pois é, mais um carnaval já se aproxima. Fevereiro é ali e as grandes agremiações do Rio de janeiro já estão na fase das definições. Minha querida Estação Primeira de Mangueira já está com um belíssimo samba para 2012. e com esse intúito é que gostaria de falar sobre a dedicação das pessoas, principalmente as voltadas a algum estilo de rítimo, que sem dedicação não há bons resultados. Gosto de samba enredo, acho aquele ambiente sensacional, a energia é uma coisa que não dá pra explicar. Desfilei uma única vez na capital Vitória pela escola Barreiros e de verdade, não tenho palavras pra definir a sensação quando se entra na avenida.

O profissionalismo das escolas é muito grande e realmente quem se envolve com isso deve dar sangue. Participar apenas para ter o nome num pedaço de papel no cargo da diretoria e não colocar a mão na massa, é melhor ficar de fora e não atrapalhar as pessoas que realmente estão empenhadas. Digo isso por que já participei por muitos anos de bloco de carenaval, nosso eterno Bloco du Rival, e sinceramente com algumas pessoas eu não quero mais dividir responsabilidades. apesar de sempre termos apresentado ótimos sambas, lindas fantasias e carros, o espírito de comunidade ficava apenas lá no braço de quem tocava, de quem empurrava os carros, e outras atividades de importancia inestimável ao bloco. enquanto isso algumas pessoas preferiam apenas falar e isso nunca agregou nada ao Rival.

Tenho saudades dos desfiles da energia da bateria do povo com semblante de satisfação ao ver o bloco na avenida, mas isso foi acabando e chegou ao fundo do posso, e amigo, sair dessa situação não é nada fácil. Mas esse é um dos rumos que pessoas que trabalham com música estão sujeitos a encontrar. Sempre digo pro meu pupilo Ivo Andrade: cara o caminho não é esse. A coisa é trabalhosa, trabalhar com música dá trabalho ainda mais pra quem é criterioso como esse que vos escreve. Tá no sangue buscar o ótimo não tem jeito, fazer as coisas 'meia boca' não é comigo. Citei o exemplo das escolas de samba no início do texto, pois aquilo é uma referência para meu trabalho, a perfeição, qualquer erro compromete o ano inteiro de trabalho e muuita dedicação da comunidade. Pode prestar atenção nos detalhes que definem um desfile, as vezes é o contratempo da bateria, é o atraso do carro alegórico que prejudica o trabalho.

Então meus caros, defina seus objetivos de forma clara a toda sua equipe e trabalhe, mas trabalhe muito, por você e muitas vezes pelos outros também. Quem gosta sabe do que eu tõ falando, a satisfação de ver o resultado de uma apresentação não tem preço. Chego as lágrimas quando tudo sai como planejado, o contrário também pode acontecer, as lágrimas podem ser de tristeza quando o trabalho (objetivo) não é alcançado.

Fica o alerta e falarei mais sobre carnaval em breve. Inté.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A DEDICAÇÃO DO GANSO

Não sei se o Anderson “Ganso” vai gostar do texto especial pra ele... Na verdade o titulo é apenas uma forma de “zoar” meu parceiro de banda @flordelottus_es. Quero falar sobre a dedicação do músico para com seu instrumento. Outro dia durante uma viagem que fizemos ao interior do estado, o Ganso, contando sobre sua fase de iniciante, lembrou que ficava maluco quando via outras pessoas, inclusive a mim, tocando o que ele chamou de ‘aquelas notas’ numa referencia às pestanas e demais notas, que achava complicadas. Conversamos por um bom tempo sobre este assunto. Falou que observava e não entendia o porquê daquelas seqüências de notas e lutava para observar e aprender.
Pois bem, o tempo passou, o Ganso dedicou-se à arte da música e hoje é um excelente instrumentista. De aluno já virou professor. Ralou bastante, horas e horas de dedicação no violão, para hoje ser considerado uma referência inclusive por mim. Eu mesmo em determinado momento achei que tocava, ou melhor, solava bem, na verdade não é a minha praia. Fazer solo, como discutimos sempre, dependendo da complexidade, é muito difícil. Copiar é uma coisa, agora improvisar de forma correta e precisa é uma historia completamente diferente. O Ganso já provou que as noites e horas dedicadas não foram em vão.
Nos ensaios e nas apresentações da Flor de Lottus, sempre é pego de surpresa e tem que fazer um solo de improviso e não nega fogo vai lá e dá conta do recado. Tem facilidade por que sua base é forte e estudou para isso. E o garoto gosta de estudar, sempre posta um vídeo e outro das improvisações e solos que tira. Se não houver dedicação não há recompensa isso é fato, não tem atalho para isso. Sempre brinco que seria muito bom chegar a uma banca e pedir: ei me venda, por favor, um chip com o conteúdo do Slash (ex Guns N’ Roses), instalar esse chip na cabeça e pronto sou igual ao cara, assim seria muito fácil. Mas como ainda não dispomos dessa tecnologia, o negocio é ralar bastante.
Muitas vezes dá preguiça de ensaiar, de aprender coisas novas isso é normal. Mas sabemos que é preciso para se chegar à perfeição. Dedicamos várias horas da semana para nossos instrumentos, não tenha dúvida, e após essa etapa individual nos ensaios é a hora de saber se valeu a penas o esforço e garanto que vale, que o diga o Ganso.
Então é isso, caso escolha a música como sua futura profissão ou mesmo por hobby, dedique-se bastante, estude, busque conhecer vários estilos e instrumentistas e alcance ótimos resultados. Enquanto isso ficamos aqui com nosso Ganso e seus solos. Inté.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

REPERTORIO FORTE

Daqui a 18 dias farei uma apresentação com o grupo Amigos no Samba formado por mim no cavaco e voz, meu irmão Branco no tantã e voz, mais os amigos Ivo Andrade na percussão e Rapozão no pandeiro. Apesar de ter um bom tempo e a apresentação na verdade se tratar de um aniversário, já me preocupo com o repertorio que faremos. Provavelmente tocaremos por 3 horas, padrão para esse tipo de evento. Repertorio é o cartão de visita e de apresentação para qualquer gênero musical. Temos uma grande experiência, afinal já são mais de 15 anos na noite e isso se aprende logo.
Lembro que em várias oportunidades quando ainda tocávamos no saudoso Só Malícia, enfrentamos a sabatina de devoradores de musica de FM e isso sempre me irritou profundamente. Nunca gostei muito de modismo, gosto da boa musica arranjada, tocada. Por isso paramos de tocar. Parece estranho falar isso, mas é verdade. Quando sentávamos para escolher repertorio, era sempre uma guerra, na época o cd estava chegando com força e facilitava ouvir novas musicas. Havia as belas canções que com certeza sempre estariam nas rádios e havia aquelas que seriam os ‘cometas’ tocaríamos por dois meses no máximo e ninguém mais lembraria elas.
Eu sempre gostei de ouvir o cd de forma aleatória pra não viciar na seqüência de musicas e ignorar as musicas finais. Isso é uma pesquisa, as melhores canções na concepção das gravadoras são sempre as primeiras. O teste é bem simples: sabe o nome da música numero 15 do cd Farol das Estrelas do Soweto? Pois é, não sabe. Mas eu sei, a música se chama ‘Restou saudades’ um belo arranjo, mas isso acontece mesmo, reproduza seu cd aleatoriamente e conheça as belas canções do fim do cd.
Mas de volta ao repertório, as apresentações devem ser analisadas e ver a reação do publico. Se tiver tocando musicas mais agitadas ou lentas, mude logo o ritmo se perceber apatia das pessoas. É uma boa estratégia que usamos até hoje para agradar as pessoas. Essa percepção deve ser sempre usada para medir o quanto está se agradando, é muito chato tocar e ninguém bater palmas ou cantar junto. Eu odeio e dá vontade de ir pra casa. Lembre-se que vocês estão recebendo para tocar e isso tem que ser levado a sério. Se deixar pra lá corre o risco de não tocar mais neste local.
Tenho certeza que faremos mais uma boa apresentação, afinal, não somos mais meninos e a noite nos ensinou bastante, continua nos ensinando. Na hora a cabeça vai identificando qual o melhor caminho do repertorio e as coisas vão acontecendo. Esqueci de dizer que nosso amigo Rocha estará presente com o violão de 7 cordas, só alegria. Inté.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

www.euaquinarede.com.br

Lembro muito bem como era complicado gravar uma música por diversão na década de 90. Era feito através da fita cassete de 46, 60 ou 90minutos e depois ouvíamos a ‘arte’ e ficávamos felizes da vida em mostrar aos amigos. Bons tempos, mas não tenho saudades dessa forma de gravação. Ainda tenho algumas dessas fitas na minha casa e nem sei se ainda vou conseguir ouvi-las, já que não é mais tão simples conseguir um aparelho que reproduza.
Hoje a historia é outra. Qualquer artista, seja musical, da arte, do circo, qualquer um mesmo consegue em questão de minutos levar sua criação a qualquer parte do mundo, bastam alguns cliques e pronto. A internet mudou a sorte de quem antes dependia da sorte para ser visto pelos caça talentos. Agora basta acessar a internet e ver quem é o mais visto e pronto. Gravar com qualidade é cada dia mais fácil devido à quantidade de equipamentos que o mercado oferece, e dependendo da finalidade, basta um celular ou uma câmera digital para fazer parte dos artistas da ‘net’. Existem vários sites que são especializados em divulgar aos novos ‘talentos’, basta um cadastro alguns cliques e todo mundo já sabe o que você fez de novidade.
Claro que nem tudo que reluz é ouro. Quem realmente quer qualidade vai em busca de estúdios ou mesmo que sejam os caseiros, buscam e prezam pela qualidade de vídeo e som, estes estão um passo à frente sempre. Não dá simplesmente pra gravar no quarto da sua casa com o som do cachorro latindo e com luz inadequada e achar que fez uma grande produção. Fazer sua obra uma curtição é muito fácil, mas se você espera ter uma oportunidade, capriche. Vi outro dia na TV, uma jovem loira com umas musicas que beiram a graça, mas lamentavelmente o programa estas se promovendo em cima da pobre jovem, que, diga-se de passagem, era muito ruim.
Os críticos não perdoam. Nem a mãe deles escapa, estão como urubus famintos em busca de novos talentos para avaliar. O grande problema que hoje os ‘artista’ aparecem e somem mais rápido que a velocidade da luz. Cadê o D’Black? Alguém se lembra dele? É, aquele do “...eu corro pro mar pra não lembrar você...” da musica ‘Sem ar’. É esse o risco de produções pobres e falta de preparação de um plano de carreira para os músicos. É muito fácil, hoje em dia, aparecer. Difícil é se manter por anos e anos. Bons exemplos não faltam: Barão Vermelho, Capital inicial, Lulu Santos e por aí vai.
Então ficamos assim, se você vai divulgar seu trabalho na internet, tenha pena de quem vai assistir e faça uma produção decente. Boa musica e boa aparência (figurinos, luz, fotografia) também contam pontos. As principais características de bons artistas são moldadas desde o inicio da carreira e isso vale para evitar os produtores que se tem por aí hoje que só pensam em dinheiro e não se importam se o seu artista vai durar mais de um ano. Inté.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

EQUIPAMENTO ADEQUADO

Hoje vou falar sobre um assunto muito importante e que deixa qualquer músico de cabelo em pé, o uso de bons equipamentos no palco. Neste fim de semana, fiz com a banda Flor de Lottus, mais uma apresentação. Há muitos anos que, com o aprendizado da noite, existe a preocupação com a resposta do som no palco. É impressionante como a coisa funciona, você toca aqui agora e vai pra outro local se apresenta e por incrível que pareça o som não fica do mesmo jeito. Essa alteração é um das principais estresses de uma banda ou grupo na hora da apresentação. Quem nunca se incomodou com aquelas infindáveis e chatas passagens de som num show? O cara fica lá fazendo barulho e pode observar, sempre está reclamando.
Pois bem, aí entra um detalhe importante, o uso de um bom equipamento. Voltando à apresentação da FDL (vou tratar a banda assim), recebi de presente um cubo para minha guitarra, tocar tava bem complicado, pois estava ligando a guitarra direto na mesa de som e amigo, tocar sem retorno é o fim do mundo. E isso fez toda a diferença, a qualidade do som estava perfeita e com isso, resta ao músico apenas fazer o que foi ensaiado e se entregar à apresentação. Tudo separadinho no palco é o ponto que devemos nos atentar, cada instrumento no seu devido lugar e regulado de maneira a atender aos músicos, nada alto nem baixo demais, tudo nivelado. Não adianta chegar lá com ar de estrela achando que os técnicos de som são mágicos por que não é assim que funciona. O músico tem que ter a sensibilidade de avaliar criticamente o resultado que está sendo apresentado, som limpo e audível.
Grandes bandas dispõem de especialistas em som formados em universidades especificas e profissionalmente não tem grandes problemas de equipamento. Tudo deve ser seguido á risca conforme o desenho do placo enviado ao contratante. Fica tudo mais fácil. Aos músicos de fim de semana resta a árdua tarefa de regular seu próprio som. Passado o instrumental no palco é hora de se preocupar com a qualidade sonora que o publico será exposto. Sempre fiz isso, desço do palco vou lá à frente e quero ouvir o que o publico vai ouvir, e não aceito o famoso ‘tá bom assim’ de jeito nenhum, já discuti varias vezes com os sonoplastas, meia boca não serve.
Mas quando dispomos de equipamentos com qualidade a regulagem é questão de pratica e habilidades que se desenvolvem com o passar dos anos. Conhecer as marcas de equipamentos que o mercado oferece é andar meio caminho à frente. É muito tranqüilo chegar ao palco e ter lá disponível um cubo da Marshall, é só alegria, pois a possibilidade de qualidade ruim é praticamente nula. Passada essa primeira etapa do equipamento, só nos resta plugar o instrumento e iniciar a apresentação e bingo, tudo fica resolvido.

sábado, 1 de outubro de 2011

DE VOLTA AO 'PAUTA MUSICAL'

Em primeiro lugar gostaria de pedir desculpas pelo longo período de ausência ao meu blog. A vida tem surpresas e comigo não é diferente. Bom agora vamos ao mundo da música. Estamos em pleno Rock in Rio 2011 com uma 'misturebe' que dá dó. Nada contra o axé e afins, mas não se mistura a coisa, isso é assunto para outro dia.

Daqui a pouco tenho uma apresentação com a banda FLOR DE LOTTUS (@flordelottus_es) e como todo grupo, passamos por momentos complicados. Falta a identidade da banda. Querem tocar de tudo, e se tem uma coisa que eu não gosto é isso. Me tira do sério literalmente. A coisa é sempre maior que parece quando o assunto é música pra mim. Visto a camisa, dou sangue, então não é muito bom bagunçar o barraco.

Recentemente conversamos e ficou definido nosso estilo: MPB e Pop rock e ponto. Mas as coisas não estão nessa linha, e querem tocar de tudo pra agradar gregos e troianos, não rola, falta a identidade da banda. O som tá bem legal, mas tá faltando ensaio e aquela química que une os estilos como nos velhos e bons tempos. Acredito muito e aposto que em breve tudo se resolve, pra mim ou pra eles. Tenho certeza e confio nos meus parceiros de música, a coisa vai ficar redonda de novo.

Como estou voltando a escrever, não quero me prolongar pois geralmente faço os textos fora da plataforma e depois só colo, assim dá pra escrever com mais tranquilidade, não gosto de escrever sem pensar apenas com a emoção.

Bom aqui  estou de volta e com muita coisa pra falar, não esqueci do Roc k in Rio com vários estilos, muito estranho. Bom, hora de afinar a guitarra. Abraços.