Recebi
um e-mail do Ivo Andrade, baterista da Flor d’ Lóttus, com as músicas que
seriam trabalhadas no nosso próximo ensaio. Normal, pois é assim mesmo que
fazemos, sugerimos as músicas, alguém trás o áudio, outro baixa a letra e pronto.
Mas passados algum minutos o Anderson (guitarrista) respondeu dizendo que não
tiraria as músicas, pois, ele já havia apresentado uma outra que estava sendo
deixada de lado por várias vezes. Esse problema é emblemático para quem
trabalha com música, e, simples de ser resolvido.
Desde
que comecei a tocar me deparo com situações desse tipo. Chega ser engraçado
falar do assunto. Lembro-me bem da época do Só Malícia, não havia esta
facilidade de acesso às músicas como hoje, mas a disputa para sugestão de repertório
não era diferente. Como eu sempre ouvia vários cds sempre levava o que de mais
novo estava tocando. Mas na Flor d’ Lóttus, e viva à tecnologia, as coisas
andam mais depressa. Pensamos em alguma música e de repente ela já está lá
pronta para o repertório. No caso do Anderson, com certeza a solicitação dele
será atendida para não gerarmos uma crise.
É
sempre preciso tomar cuidado na hora de montar um repertório, cuidado no
sentido de escolher uma canção e saber o momento da apresentação que esta
deverá ser tocada. Sempre gosto de perceber como está a reação do público
quando executamos uma música, isso vira uma mania no palco e como as pessoas
gostam de ouvir músicas que marcaram a vida delas, é impressionante como cada
um reage ao ouvir os primeiros acordes. Então mesclar vários ritmos, cada
banda, cada período vai fazer com que a apresentação se torne agradável aos
ouvintes.
Quem
nunca foi a um show e saiu decepcionado? Sempre comento que o público só se
agrada quando ouve algo que ele conhece isso é fato. Então não adianta chegar
lá e executar as canções de forma primorosa se as pessoas não conhecem as
músicas. Não vai agradar mesmo. Por isso as bandas de baile estão sempre em
evidência, tocam aquelas músicas que estão nas paradas das FM’s (axés, sertanejos
e pagodes universitários, funk’s) mas nem todas as bandas trabalham assim, a
Flor d’ Lóttus é uma delas. Nosso repertório é montado depois de ouvirmos
várias e várias músicas e debatermos muito. Primeiro escolhemos tocar músicas
dos anos 80, 90 e 2000, pop’s e rock’s nacionais e neste período,
principalmente 80 e 90 foram os melhores anos onde bandas incríveis estiveram
no auge.
Por
isso a dificuldade, pois, é tanto material que as vezes fica difícil listar
quais entrarão primeiro na lista, daí a bronca do Anderson rsrsrs. Mas é desta
forma que funciona, deve-se manter a coerência e respeito aos colegas que
sugerem primeiro, afinal fila é fila. Agora, como não passamos no edital do
governo do estado, voltemos nosso foco aos ensaios e composições pois o
trabalho não pode parar. Inté.
Nenhum comentário:
Postar um comentário