sábado, 19 de maio de 2012

REPERTÓRIO OUTRA VEZ


Recebi um e-mail do Ivo Andrade, baterista da Flor d’ Lóttus, com as músicas que seriam trabalhadas no nosso próximo ensaio. Normal, pois é assim mesmo que fazemos, sugerimos as músicas, alguém trás o áudio, outro baixa a letra e pronto. Mas passados algum minutos o Anderson (guitarrista) respondeu dizendo que não tiraria as músicas, pois, ele já havia apresentado uma outra que estava sendo deixada de lado por várias vezes. Esse problema é emblemático para quem trabalha com música, e, simples de ser resolvido.

Desde que comecei a tocar me deparo com situações desse tipo. Chega ser engraçado falar do assunto. Lembro-me bem da época do Só Malícia, não havia esta facilidade de acesso às músicas como hoje, mas a disputa para sugestão de repertório não era diferente. Como eu sempre ouvia vários cds sempre levava o que de mais novo estava tocando. Mas na Flor d’ Lóttus, e viva à tecnologia, as coisas andam mais depressa. Pensamos em alguma música e de repente ela já está lá pronta para o repertório. No caso do Anderson, com certeza a solicitação dele será atendida para não gerarmos uma crise.

É sempre preciso tomar cuidado na hora de montar um repertório, cuidado no sentido de escolher uma canção e saber o momento da apresentação que esta deverá ser tocada. Sempre gosto de perceber como está a reação do público quando executamos uma música, isso vira uma mania no palco e como as pessoas gostam de ouvir músicas que marcaram a vida delas, é impressionante como cada um reage ao ouvir os primeiros acordes. Então mesclar vários ritmos, cada banda, cada período vai fazer com que a apresentação se torne agradável aos ouvintes.

Quem nunca foi a um show e saiu decepcionado? Sempre comento que o público só se agrada quando ouve algo que ele conhece isso é fato. Então não adianta chegar lá e executar as canções de forma primorosa se as pessoas não conhecem as músicas. Não vai agradar mesmo. Por isso as bandas de baile estão sempre em evidência, tocam aquelas músicas que estão nas paradas das FM’s (axés, sertanejos e pagodes universitários, funk’s) mas nem todas as bandas trabalham assim, a Flor d’ Lóttus é uma delas. Nosso repertório é montado depois de ouvirmos várias e várias músicas e debatermos muito. Primeiro escolhemos tocar músicas dos anos 80, 90 e 2000, pop’s e rock’s nacionais e neste período, principalmente 80 e 90 foram os melhores anos onde bandas incríveis estiveram no auge.

Por isso a dificuldade, pois, é tanto material que as vezes fica difícil listar quais entrarão primeiro na lista, daí a bronca do Anderson rsrsrs. Mas é desta forma que funciona, deve-se manter a coerência e respeito aos colegas que sugerem primeiro, afinal fila é fila. Agora, como não passamos no edital do governo do estado, voltemos nosso foco aos ensaios e composições pois o trabalho não pode parar. Inté.

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